Com cada vez mais competitividade e inseridos em um mundo em constante transformação digital, os negócios precisam ser eficientes e manterem o fluxo de trabalho ágil para se manterem no mercado.

Se tratando de tecnologia, até o ano 2000 as empresas tinham um grande problema com agilidade em métodos tradicionais de desenvolvimento de software, sem dispor da velocidade e flexibilidade que os projetos mais modernos exigiam.

Foi a partir dessa necessidade que a metodologia ágil nasceu, como um método para oferecer mais rapidez no desenvolvimento de softwares, garantir qualidade e agregar valor em cada entrega.

Para entender melhor, basta olharmos para trás e compararmos o salto de evolução tecnológica que vivenciamos e as melhorias significativas que vieram com elas. O ser humano conseguiu aperfeiçoar processos e torná-los mais práticos e rápidos. A metodologia ágil, portanto, basicamente seria utilizar padrões, estratégias e estudos, com o intuito de acelerar e concluir qualquer projeto, seja ele de tecnologia ou não.

Quando e onde surgiu a metodologia ágil?

Como explicamos brevemente, os métodos ágeis (em inglês: Agile Software Development), tiveram a origem ligada ao desenvolvimento de softwares, ganhando destaque inicialmente em empresas de tecnologia por incentivar a criatividade, facilitar a inovação e desburocratizar o desenvolvimento.

Com o passar do tempo, a metodologia passou a ser utilizada em outros segmentos e conquistou empresas dos mais diversos setores do mercado, por provar sua eficácia no processo de trabalho.

Quando surgiu: mais precisamente, em 2001 quando especialistas de TI se reuniram em um evento em Utah, nos Estados Unidos, criando um Manifesto com a filosofia de como deveriam ser os modelos de desenvolvimento de projetos. Este documento foi tão importante, que até hoje é utilizado como uma espécie de manual para o desenvolvimento ágil.

→ A metodologia ágil conta com quatro valores básicos:

1. Focar mais nos indivíduos e nas interações do que em processos e ferramentas;

2. Focar mais no funcionamento do software do que na documentação;

3. Permitir a colaboração do cliente no desenvolvimento;

4. Possibilitar respostas a mudanças, em vez de seguir um plano.

Algumas das vantagens da metodologia ágil

• Melhoria da comunicação entre os profissionais e com clientes;
• Maior autonomia e disciplina da equipe;
• Mais agilidade e rapidez na entrega dos projetos;
• Aprimoramento contínuo a partir de feedbacks de clientes;
• Possibilidade de customização dos produtos oferecidos;
• Flexibilidade de alterar o projeto ao longo do desenvolvimento;
• Mais eficiência, com um número maior de entregas;
• Produtos e serviços com maior qualidade;
• Redução de custos e cronogramas mais assertivos;
• Diminuição dos riscos no desenvolvimento;
• Predição de problemas através de avaliações;
• Otimização das atividades, e por consequência, do tempo;
• O diálogo é priorizado entre a equipe, o que traz mais estímulo e valorização.

Onde a metodologia ágil pode ser aplicada?

A metodologia ágil ultrapassou os limites da TI e ganhou espaço na gestão de empresas de todos os portes e segmentos. Ela pode ser utilizada em todas as áreas, na resolução de problemas complexos, no desenvolvimento de soluções (produtos e serviços), ou na gestão de projetos, por exemplo.

A metodologia segue princípios como já mencionamos, e exige bastante determinação e assiduidade da equipe, por exemplo: uma etapa deve ser concluída antes que outra comece, e isso pode trazer bastante rigidez quanto às tarefas de cada colaborador e o prazo definido para entrega.

Ou seja, utilizá-la demanda uma mudança da mentalidade da equipe, que passa a valorizar mais os processos e menos as burocracias nas atividades. No entanto, como os indivíduos devem ser mais valorizados que os processos, fica fácil humanizar o trabalho e envolver a equipe.

Conheça as metodologias ágeis mais utilizadas:

Scrum

O Scrum é o método ágil mais popular. O foco principal é a gestão do projeto com base no planejamento interativo e incremental, através de reuniões conhecidas com Sprints. Seria um meio de planejar e gerir projetos complexos através de ciclos, em menor tempo e com menos recursos.

Ele torna os processos mais simples e ágeis e permite total acompanhamento da equipe, já que a metodologia mantém registros visíveis sobre o andamento de todas as etapas.

O Scrum reitera lista de funcionalidade que devem ser desenvolvidas no projeto, prática conhecida como produto backlog. Conforme a evolução dos processos, cada funcionalidade se transforma em um Sprint no qual cada detalhe a ser criado e desenvolvido passa do estágio de product backlog para sprint backlog.

A partir disso, cada atividade é distribuída entre os membros da equipe, sempre com cronogramas e prazos de entrega. Ao final, o time se reúne para apresentar seus trabalhos e alinhar os detalhes. E após isso, novos sprints são planejados até a entrega final do produto.

O product owner (dono do produto) é o responsável por coordenar o time de desenvolvimento e gerenciar o backlog do produto e o scrum master é o responsável por garantir que todos entendam e saibam aplicar o Scrum.

Uma das características mais marcantes, e que muitas vezes faz com que não seja adotada em algumas empresas, é que durante o processo é preciso acontecer pequenas reuniões diariamente de 15 minutos (daily meeting) para alinhamento da equipe.

Kanban

O método Kanban surgiu no Japão nos anos de 1940 e foi criado pela montadora de carros Toyota, para otimizar o processo produtivo por meio do controle de materiais e maximizar os lucros.

O Kanban é uma maneira simples e objetiva de acompanhar o desenvolvimento de um projeto, através do controle visual de tarefas.

Podemos usar como exemplo atualmente, sua utilização através de quadros organizados por post-its, ou plataformas como Trello e Notion, que oferecem uma visão geral do andamento de todas as tarefas.

É um método simples e visual onde todos entendam e possam acompanhar as etapas de execução de cada projeto.

Lean

O lean é uma filosofia de gestão que tem o objetivo de reduzir o tempo de execução e principalmente, a eliminação de desperdícios. Ela vem do conceito de Lean Manufacturing (Manufatura Enxuta), originário do Sistema Toyota de Produção e foi criada após a Segunda Guerra Mundial.

O propósito é gerenciar o negócio de forma mais rápida, mais barata e melhor, com melhoria da produtividade e eficiência nas entregas.

Feature Driver Development (FDD)

É uma metodologia guiada por funcionalidades, utilizada para desenvolvimento de softwares e que tem como lema resultados frequentes, tangíveis e funcionais.

Esse método ágil foi criado em Cingapura permite que as equipes do projeto realizem um planejamento dividido em fases, o que traz benefícios em ambientes que há muita incerteza, no qual as mudanças são inevitáveis.

A programação por FDD inicia com uma visão global do projeto e, então, passa para um detalhamento do produto, por meio de uma subdivisão de áreas a serem modeladas.

Em relação às práticas do FDD, não são extremamente rígidas e permitem a adaptação ao ambiente de desenvolvimento.

Extreme Programming (XP)

Esse é um método ágil que que tem como objetivo criar sistemas com alta qualidade e que além do acompanhamento constante, faz a realização de diversos testes e ajustes nos projetos.

O Extreme Programming (XP) é focado no desenvolvimento de softwares com base em três pilares: economizar recursos, desenvolver soluções e melhorar a qualidade final do produto. Para que isso seja possível, é essencial que os colaboradores se baseiem em valores e comportamentos fundamentais para alcançar o sucesso.

Para finalizar, destacamos mais uma vez que mesmo que todos os métodos ágeis tenham sido criados principalmente para o uso na área de TI, eles são adaptáveis a diversos tipos de projetos e de setores que demandam flexibilidade para mudanças.

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