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Empreendedorismo
Liderança
15 nov. 2023

Inteligência emocional para líderes: aprenda a usar e conheça a importância

Está se tornando cada vez mais comum no dia a dia empresarial, ter auxílio de avanços tecnológicos como inteligência artificial e machine learning, na substituição ou no aprimoramento de atividades que envolvam aspectos técnicos.

No entanto, esses recursos que auxiliam na produtividade e eficiência em algumas operações, não conseguem substituir o desenvolvimento de habilidades comportamentais, as chamadas soft skills, que são cruciais para lidar com situações complexas. Neste quesito, entra a inteligência emocional, que se torna essencialmente necessária para trabalhar em equipe, para o sucesso profissional, para a construção de relacionamentos interpessoais e para desenvolver o papel de líder dentro de uma organização.

Um líder que tem inteligência emocional lida melhor com as pressões do dia a dia, consegue entender seus colaboradores e motivá-los a atingir os objetivos esperados. Além disso, é mais apto a construir um relacionamento saudável com fornecedores e clientes. No mundo nos negócios, é necessário saber controlar as emoções na tomada de decisão, tornando esse processo totalmente racional e equilibrado.

Neste artigo, você aprenderá mais sobre a importância da inteligência emocional para líderes e vai conferir algumas dicas que podem ajudar a colocá-la em prática. Boa leitura!

O que é inteligência emocional?

A inteligência emocional é a habilidade de uma pessoa em reconhecer, avaliar e controlar as emoções, tanto as próprias, quanto das pessoas ao seu redor. Com inteligência emocional as pessoas conseguem agir de maneira mais comedida, consciente e decisiva. No ambiente de trabalho, isso é fundamental para evitar comportamentos como impaciência e rispidez, evitar pessoas ansiosas, angustiadas, entre outros fatores que podem fazer com que sejam realizadas ações indesejáveis, inesperadas ou de maneira descontrolada.

Como surgiu a inteligência emocional?

O termo inteligência emocional foi usado pela primeira vez em 1990 pelos pesquisadores Peter Salovey e John D. Mayer, que introduziram o termo na literatura científica por meio da publicação de dois artigos.

Em seguida, veio Daniel Goleman, autor do best seller “Emotional Intelligence”, de 1995, que abordou a inteligência emocional como uma habilidade interpessoal e intrapessoal. Goleman foi o responsável por popularizar o tema e definir a inteligência emocional como a “capacidade de identificar os nossos próprios sentimentos e os dos outros, de nos motivarmos e de gerir bem as emoções dentro de nós e nos nossos relacionamentos”.

Quais são os pilares da inteligência emocional?

De acordo com Daniel Goleman, a inteligência emocional é constituída por cinco habilidades:

  1. Autoconsciência: é a capacidade de conhecer e entender as próprias emoções e os efeitos sobre o comportamento e decisões;
  1. Autorregulação: capacidade de regular e controlar as próprias emoções, impulsos e comportamentos;
  1. Automotivação: habilidade de motivar a si mesmo, de direcionar as emoções para alcançar objetivos e compreender o que nos impulsiona a fazer algo;
  1. Empatia: capacidade de compreender e sentir as emoções dos outros, de se colocar no lugar do outro;
  1. Habilidades sociais: consiste em saber gerenciar emoções para se dar bem com os outros, cultivando bons relacionamentos, gerando conexões e estabelecendo laços fortes.

Inteligência emocional e liderança: saiba como se completam

A inteligência emocional é essencial na liderança, já que quem ocupa um cargo de líder, seja como supervisor, gerente, coordenador, diretor ou gestor, necessariamente precisa se relacionar com seus liderados e tomar decisões difíceis no dia a dia.

O líder com inteligência emocional consegue atuar com outra postura, consegue entender as necessidades da equipe, controlar as próprias emoções e reconhecer falhas e qualidades.

O clima organizacional de uma empresa se torna muito mais saudável quando líderes agem com inteligência emocional. Os colaboradores se sentem confortáveis ​​para assumir riscos calculados, sugerir ideias e expressar suas opiniões. Ao passo que há esse controle das emoções, se constrói um ambiente seguro e o trabalho colaborativo acaba se inserindo no dia a dia da empresa.

Conflitos pessoais entre líderes e colaboradores, ou entre a própria equipe, acabam acontecendo com menos frequência, trazendo muito mais motivação ao continuar trabalhando na empresa.

Importância da inteligência emocional na liderança

Ter apenas conhecimento técnico não é o suficiente para exercer um cargo de liderança. É preciso inteligência emocional para tomar decisões, para coordenar uma equipe e executar as atividades de um líder.

Liderar pessoas não é uma tarefa tão simples, especialmente porque é preciso saber lidar com diferentes tipos de comportamentos e emoções. O líder precisa delegar tarefas a terceiros, lidar com problemas internos da equipe, e ao mesmo tempo, negociar vendas, preços e condições de pagamentos com clientes, saber negociar com fornecedores e manter uma boa relação com eles, tomar as melhores decisões sobre o estoque, planejar os próximos investimentos, entre outras diversas atribuições.

Ou seja, se ele não tiver inteligência emocional, seja ele o dono do negócio, gestor ou coordenador, provavelmente não terá muitas chances de sucesso. Saber lidar com as emoções, evita que decisões sejam tomadas por impulso e possibilita uma leitura de situação mais clara e precisa em relação à equipe, parceiros, sócios, concorrentes e o comportamento do mercado em si.

Líderes emocionalmente inteligentes criam um ambiente seguro para os liderados, encorajando-os a assumir riscos e expressar ideias construtivas, impactando positivamente na cultura organizacional. Isso promove uma equipe motivada a fazer a diferença, impulsionando o sucesso da empresa.

Para explicar um pouco mais sobre o assunto, o Sebrae/SC disponibilizou um podcast no Fala Especialista, com a consultora em gestão de pessoas e gestora da D&D Talentos, Denise Scheid. De acordo com ela, é importante que líderes tenham inteligência emocional, para motivar pelo exemplo e inspirar pelas atitudes. “Olha só o que nós passamos nessa pandemia, pressão, depressão, desespero, medo, sentimentos. Muito se saiu bem quem soube administrar essas emoções. Se o líder não tiver a gestão dessas emoções, ele paralisa, perde as estribeiras, no popular, trata mal as pessoas, por descontrole das emoções”, explica.

Clique aqui e acesse o Podcast Fala Especialista na íntegra, onde Denise fala sobre como as transformações do mercado aceleraram a necessidade de desenvolver novas competências.

Gostaria de saber mais sobre a importância da inteligência emocional para líderes? Aproveite e baixe gratuitamente o e-book preparado pelo Sebrae/SC.

Como desenvolver a inteligência emocional com foco em liderança na sua empresa

Muito da inteligência emocional, segundo psicólogos e estudos, pode vir das experiências de infância. Por este motivo, o primeiro passo, é o autoconhecimento. Melhorar a inteligência emocional é uma longa jornada que envolve honestidade e reflexões pessoais.

É preciso primeiro compreender a si mesmo, para depois compreender, auxiliar e liderar os outros.

O hábito de ler, estudar e aprender coisas novas, ter reflexão sobre as ações tomadas e seu impacto, reconhecer culpas, medos ou erros, se desprender de preconceitos e más intenções, também são dicas que podem ajudar a fortalecer a inteligência emocional. Confira mais algumas:

  • Desenvolver habilidades de empatia ao entender e se relacionar melhor com as emoções dos outros;
  • Buscar educação e treinamento para desenvolver as habilidades de inteligência emocional (isso pode incluir orientação profissional de mentores, psicólogos ou terapeutas);
  • Desenvolver a autoconfiança e habilidades de empatia;
  • Treinar a resiliência;
  • Buscar opiniões honestas e construtivas dos colaboradores;
  • Desacelerar um pouco para avaliar situações difíceis que surgirem, tomando decisões com mais calma e racionalidade;
  • Assumir que é vulnerável e que nem sempre terá a resposta para tudo;
  • Manter os colaboradores informados sobre projetos em andamento, processos, situação da empresa, entre outros;
  • Incentivar o crescimento dos liderados.

Desenvolver a inteligência emocional é uma jornada que exige paciência e comprometimento. É um processo contínuo que requer dedicação para alcançar resultados significativos. Para tanto, é essencial identificar técnicas e estratégias que combinem melhor com você e integrá-las de forma consistente em sua rotina diária. Ao fazer isso, você fortalecerá sua capacidade de compreender e gerenciar suas emoções, ao mesmo tempo em que aprenderá a entender as emoções dos outros, promovendo um maior equilíbrio e bem-estar em sua vida pessoal e principalmente, profissional.

Lembre-se de que cada passo contribui para um progresso duradouro. Invista no seu desenvolvimento psicológico, pessoal e empresarial e conte com o Sebrae/SC nessa jornada.

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