Empreendedorismo
22 mar. 2018
Empreendedorismo rural: o que muda com a entrada no MEI
A Lei Complementar nº 155/2016, conhecida como projeto Crescer sem Medo, trouxe alterações importantes para os pequenos negócios. A principal delas diz respeito aos trabalhadores do campo e deve incentivar o empreendedorismo rural. Desde 10 de janeiro de 2018 quem atua em indústrias, comércio ou prestação de serviços, com atividades de pesca, apicultura, aquicultura, avicultura, cunicultura, produção agrícola, animal ou extrativa vegetal pode se formalizar como Microempreendedor Individual (MEI).
A atividade rural já estava prevista na Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, mas somente nas categorias de microempresa (receita bruta até R$ 360 mil/ano) e empresa de pequeno porte (entre R$ 360 mil/ano e R$ 4,8 milhões/ano). Agora, produtores que faturam até R$ 81 mil por ano podem se enquadrar nesse modelo.
Como a adesão ao MEI impacta o empreendedorismo rural?
A novidade abre espaço para o empreendedorismo rural, uma vez que os profissionais do setor podem se profissionalizar com mais facilidade, contando com todos os benefícios da modalidade. Segundo o relator do projeto e deputado federal Carlos Melles, no Brasil, 17 milhões de trabalhadores rurais vivem hoje na informalidade e podem se beneficiar com a nova legislação. A expectativa é que ao facilitar o acesso ao mercado formal, grande parte dessas pessoas busque a regularização. Para isso, é necessário fazer o registro no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ) que ajuda o produtor de diversas maneiras, entre elas:- facilita a abertura de conta bancária;
- viabiliza a participação em licitações públicas;
- permite a emissão de notas fiscais, favorecendo as vendas para empresas;
- dá acesso a benefícios como aposentadoria, salário-maternidade e auxílio doença;