Empreendedorismo feminino transforma - cases de empreendedoras
O empreendedorismo feminino costuma entrar na vida de mulheres como uma oportunidade de transformação e autonomia. Diante de um mercado de trabalho com poucas oportunidades de ascensão e salários mais baixos para mulheres, empreender se torna uma alternativa viável para conquistar independência financeira e flexibilidade.
Motivadas pela autorrealização e concretização de sonhos, muitas empreendem a partir daquilo que gostam de fazer. Soma-se a isso o fato de que elas começam a empreender em momentos de grandes mudanças de vida: desligamento de uma empresa, transição de carreira, questões de saúde e também a maternidade.
Empreendedorismo real
Já ouviu aquela máxima que coragem não é a ausência do medo, mas sim a persistência apesar do medo? Pois essa atitude está presente na trajetória de muitas empreendedoras.
Na rotina da empreendedora, a medida do sucesso pode ser bem mais modesta do que conquistar o primeiro milhão. Mulheres optam por ter o próprio negócio para ter mais tempo para a família, se dedicar na criação dos filhos, construir uma carreira longe da rigidez do ambiente coorporativo, desenvolver aptidões e paixões.
Para elas, o empreendedorismo é um caminho de liberdade, autonomia, potência, expressão criativa e superação.
Compilamos histórias de empreendedoras reais, que enfrentam perrengues, superam desafios, enfrentam medos e encaram o empreendedorismo como uma atitude de coragem e uma oportunidade de transformação. Confira!
Paixão que virou negócio
Nicole Nazer sempre gostou de escrever. Motivada pelos pais, que se conheceram em uma redação de jornal, desde pequena escrevia cartas para as amigos e parentes. Com as redes sociais, esse talento tomou forma de depoimentos no extinto Orkut – os testemunhos da Nicole eram os mais aguardados pelas amigas. Em 2009, esses textos viraram um blog de crônicas, o que abriu portas para escrever para outros veículos e ganhar novos leitores. Até que, em 2014, uma amiga que ia se casar a convidou para celebrar a cerimônia. O convite se tornou profissão e empresa. “Eu pensei, de que maneira posso gerar um negócio por meio dessas habilidades que eu já tenho: a escrita e a comunicação?”, complementa Nicole.
Assim nasceu o serviço para a celebração de casamentos Nicole Nazer Celebrante. A entrada em um mercado tão fechado e bastante masculino exigiu um diferencial e um posicionamento muito bem definido do negócio. “Profissionalizei esse projeto de celebrar, essa ideia de falar de amor, e foquei em ser o tipo de fornecedora que eu gostaria de contratar. Ou seja, uma pessoa que está disposta a entender e escutar os casais e não uma pessoa que tem as caixinhas prontas para tentar encaixar as pessoas ali dentro. A minha área é totalmente masculina. Até pouquíssimo tempo atrás, quando pensávamos em cerimônia de casamento, enxergávamos a figura de um senhor, um juiz de paz, um padre, um pastor. Nós não imaginávamos uma mulher jovem, escritora e sem vínculo com instituição civil ou religiosa. Então, começar nesse meio foi uma grande quebra de paradigma”, afirma Nicole.
Maternidade trouxe um novo propósito
Para Michele Tranquilo, a transformação como empreendedora aconteceu em decorrência da maternidade. Com a chegada dos filhos, a advogada decidiu que queria dar um tempo na carreira para vivenciar a experiência de mãe na plenitude. “Na maternidade, fui entendendo que eu não queria mais voltar a advogar, mas eu também não queria abandonar a Michele profissional”, diz.
Foi assim que em 2019 ela começou sua trajetória no empreendedorismo. Com a ajuda do Sebrae Delas, ela obteve a capacitação e as ferramentas necessárias para desenvolver um projeto de negócio. Michele começou no programa como pessoa física e saiu como pessoa jurídica. Ao longo do processo, criou a Affetto Mesa e Decoração, um e-commerce para mesa posta e decoração de ambiente.
“Minha empresa está alinhada ao meu propósito de vida que é conciliar a maternidade com a vida profissional, longe do ambiente corporativo e com a flexibilidade de poder ditar meu próprio ritmo de crescimento” reforça Michele.
Coragem para trocar a segurança pelo desafio
Scharline Alves trocou a estabilidade de trabalhar em um banco por onze anos para empreender na marca Amo Granola. O trabalho no ambiente coorporativo trouxe experiência profissional, mas Scharline sentia muita dificuldade em empreender. “Acredito que essa dificuldade é porque a gente não foi ensinada a empreender. Ir para o mercado de trabalho, trabalhar como CLT, fazer uma faculdade são coisas que a gente é influenciada a fazer pela família e pelo mercado. Mas ser empreendedora ainda é uma coisa muito nova. Entre os homens, esse processo de empreender já vem há mais tempo, mas para mulheres ainda é bem recente. Não fomos ensinadas e estimuladas a isso, por isso pra gente é mais desafiador”, afirma.
Para ela, ter seu próprio negócio foi abrir mão de muitas coisas, como salário e benefícios que um emprego estável proporcionava. Essa transformação na vida exigiu um grande esforço de autoconhecimento e desenvolvimento pessoal. “Tive que trabalhar o meu eu. Sempre fui estimulada a ser independente financeiramente e empreender é abdicar dessa segurança e investir no teu produto, no processo e no desenvolvimento. Além disso, tive que aprender a depender de pessoas. Para empreender preciso da ajuda de outros e eu fui criada a ser independente e não precisar de mais ninguém”, completa.
Motivo para acordar de manhã
Maria Rosinete Souza Effting, da marca de laticínios Cabanha Guinther, de Braço do Norte, fez a transição para o empreendedorismo mais tarde na vida. Ela estava casada há mais de vinte anos e todos os quatro filhos já estavam criados. Na época, ela trabalhava na empresa do marido quando surgiu a oportunidade de cuidar de uma propriedade onde havia a criação de vacas. E foi assim que surgiu a paixão de Rosinete pelos animais e o negócio que ela iria iniciar, ainda que a contragosto do marido.
“Estou muito feliz e realizada pois, além de saber que nunca é tarde para inovar e investir, vejo que muitas mulheres se inspiram nos projetos que eu fiz e que deram certo. Acredito que que temos que acordar pela manhã e ter um objetivo, não importa a idade que temos”, afirma Rosinete.
Empreender para superar burnout
Antes de abrir sua marca, a Toré Chocolates, Amanda Magalhães Schneider Franz passava por um difícil processo de estresse e burnout na sua vida profissional.
“Me formei em Design Gráfico, fiz especializações, mestrado, atuei na área por 15 anos. Porém quando meu filho nasceu muitas coisas adormecidas voltaram à tona. Passei a questionar minhas prioridades, meus objetivos e cheguei à conclusão que, para ser uma boa mãe, eu tinha que cuidar bem de mim e buscar um propósito maior no trabalho. Passando por um burnout, em dezembro de 2018, decidi pedir demissão para definir meu novo caminho. Tive coragem de me reconstruir a partir de uma nova área: o chocolate”, revela Amanda.
Capacitação para fazer o negócio acontecer
Barbara Oltramari, da Ser Funcional Espaço de Fisioterapia, sempre quis ter sua própria clínica. Recém-formada, ela decidiu abrir seu próprio espaço em sociedade com uma colega. Depois de alguns anos trabalhando juntas, a parceria se desfez e Bárbara se viu sozinha na administração do negócio. Foi nesse momento que ela entendeu que precisava correr atrás de capacitação para tratar a gestão do seu empreendimento com planejamento, estratégia e metas. “No momento em que me vi sozinha, entendi que eu precisava fazer acontecer”, confirma.
Bárbara acredita na capacitação como forma de alavancar os negócios. “Era uma empresa muito passiva, que esperava o cliente chegar. Mas eu percebi que eu posso fazer mais pelo meu negócio. Posso fazer a empresa crescer, posso gerar lucro. E esse foi o obstáculo que eu tive, a falta de conhecimento em administração por eu ser fisioterapeuta. Eu não recebi esse conhecimento, não tive gestão na graduação”, afirma a fisioterapeuta e empresária, que buscou capacitação que precisava por meio do Sebrae Delas.
Como o Sebrae Delas contribui com a transformação de empreendedoras?
A dor que a Bárbara relata é muito comum às empreendedoras MEI e profissionais autônomas – o que corresponde a cerca de metade das empresas gerenciadas por mulheres. Profissionais que dominam as suas áreas de atuação – dentistas, advogadas, designers, psicólogas, fisioterapeutas, mas que não possuem domínio das ferramentas gestão na hora de administrar seu próprio negócio.
Para esse perfil, o Sebrae Delas oferece uma solução exclusiva de capacitação. A trilha Sou Meu Próprio Negócio, para proporcionar o crescimento como empreendedora e fortalecer o desenvolvimento pessoal. Proporcionando o networking com profissionais de referência e outras empreendedoras.
Além disso, o Sebrae Delas oferece uma série de outras soluções para empreendedoras de diferentes perfis. Como a trilha Sou Empreendedora, focada em mulheres que tem micro ou pequena empresa.
Já para uma atualização mais rápida de conteúdos, o Encontro entre Elas é o ciclo de palestras do programa que aposta no desenvolvimento das soft skills para fortalecer o pilar “Eu” da mulher empreendedora.
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Vamos crescer juntas?