Você sabia que a educação empreendedora tem se tornado pauta prioritária em debates políticos, econômicos e acadêmicos pela sua importância para o desenvolvimento de um país?

No Brasil, existem três eixos norteadores para o tema:

• A Lei da Inovação Tecnológica (Lei 10.973 de 02 de dezembro de 2004) que estimula que o empreendedorismo seja uma ferramenta de apoio em todas as disciplinas;
• A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei 9394 de 20 de dezembro de 1996) que menciona que a educação deve permitir que o aluno desenvolva habilidades e competências com foco na autonomia;
• Os Quatro Pilares da Educação da UNESCO (aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver e aprender a ser) que orientam a ultrapassar a educação instrumental e criar o novo no ambiente educacional.

A educação empreendedora deve centrar-se no desenvolvimento do conhecimento e na aquisição de competências desenvolvendo a autoconfiança e a autoestima do aluno. Uma educação empreendedora deve levar em conta o contexto cognitivo, emocional e social do estudante, buscando aumentar a autoconfiança para a atividade empreendedora.

O empreendedorismo passou a ter espaço nos currículos dos cursos dos diversos níveis de ensino logo nos primeiros anos do novo milênio, visando ao desenvolvimento da cultura empreendedora, numa perspectiva de competências empreendedoras, ou seja, ensinar por meio e pelo empreendedorismo, independentemente das escolhas profissionais de futuro dos estudantes. Desta forma, disciplinas e programas de educação empreendedora contribuem disseminando conceitos e práticas de empreendedorismo.

O Sebrae/SC e a educação empreendedora

Por seu papel histórico na difusão e no apoio ao empreendedorismo, em 2013, o Sebrae ampliou seu escopo de atuação e entrou em um novo universo, o da Educação, com a finalidade de estimular o debate sobre o conceito de educação empreendedora, disseminar a cultura empreendedora, assim como implementar soluções educacionais empreendedoras nas instituições de ensino e fortalecer o ecossistema empreendedor no país.

Na visão do Sebrae, a educação empreendedora pode trabalhar objetivos individuais ou objetivos coletivos. Ela visa a desenvolver competências de naturezas cognitiva, atitudinal e operacional, que permitam aos alunos mobilizar saberes, atitudes e habilidades para um desempenho satisfatório em diferentes situações – pessoais, profissionais ou sociais.

Quando se perguntam os principais motivos para a inserção da educação empreendedora no ensino, as principais justificativas são: o empreendedorismo, em todas as suas vertentes, voltado para abertura de negócios, para a solução de problemas reais da comunidade e aquele desenvolvido internamente em instituições e empresas, o chamado intraempreendedorismo; e os impactos no desenvolvimento econômico de uma comunidade com a sua prática.

No caso específico de tornar-se empreendedor, as atitudes tendem a ser impactadas pela educação empreendedora, fazendo com que a intenção de empreender se modifique, levando ao comportamento empreendedor em algum ponto no tempo. Estudos apontam para o fato de que as ofertas de educação empreendedora (ou mesmo as iniciativas de treinamento) têm impacto no interesse, na intenção e no desenvolvimento de competências empreendedoras, assim como no desempenho financeiro dos futuros empreendedores.

Como aplicar na prática a educação empreendedora?

Mas como colocar o conceito de educação empreendedora em prática na sua instituição de ensino? Muitos educadores e gestores educacionais, embora estejam familiarizados com a ideia da Educação Empreendedora, não têm referências práticas de como aplicá-la. Isso porque a Educação Empreendedora ainda é uma ideia relativamente recente no Brasil e muitas vezes vem acompanhada de seu entendimento mais restrito, ligado à administração de empresas ou à criação de negócios.

Em um entendimento mais amplo, adotado pelo Sebrae, a Educação Empreendedora compreende iniciativas diversas que estimulam as competências empreendedoras, ou seja, o conjunto de competências que permitem que o indivíduo seja capaz de tirar suas ideias do papel, quer no âmbito profissional, quer no âmbito pessoal, tornando-se autônomo e protagonista das próprias escolhas.

Saiba mais sobre a atuação do Sebrae na Educação Empreendedora e conheça algumas soluções que oferecemos para alunos e professores aqui!

E se você, professor, deseja criar um Projeto de Educação Empreendedora em sua escola de educação básica, trazemos um e-book denominado “Almanaque Educadores: Educação Empreendedora na prática”, com práticas educativas levando em conta os fundamentos da educação empreendedora. As sequências didáticas – sempre acompanhadas de fichas que indicam público além das competências empreendedoras e da Base Nacional Comum Curricular – servem também ao trabalho das áreas do conhecimento em sala de aula, nos anos finais do Ensino Fundamental e no Ensino Médio. Inspire-se! Faça acontecer!

Fonte:

Educação fora da caixa 6 [livro eletrônico]: tendências internacionais e perspectivas sobre inovação na educação / organização Clarissa Stefani Teixeira [et al.]. Florianópolis, SC: Trem da Ilha Serviços Editoriais e Computacionais, 2021.

Educação com propósito 2 [livro eletrônico]: contribuindo para o ensino do empreendedorismo. Florianópolis, SC: Trem da Ilha Serviços Editoriais e Computacionais, 2021.