Conheça as prováveis novas Indicações Geográficas de Santa Catarina
A Indicação Geográfica (IG) identifica um produto ou serviço como originário de um local, quando determinada reputação, característica e qualidade que possam lhe ser vinculadas essencialmente à sua origem geográfica. As IGs que abrangem os estados do Sul do país, apoiam não somente a geração de valor aos produtos e serviços, como também, a valorização do local e estímulo a novos negócios.
E, ao se tratar de estimular um turismo seguro, inclusivo e sustentável, o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Santa Catarina (Sebrae/SC), contribui diretamente no desenvolvimento de um turismo gastronômico baseado nas IGs do estado. Isso é possível através de uma estratégia baseada nos princípios teórico-metodológicos da Cesta de Bens e Serviços Territoriais, que conecta roteiros, artesanatos, bebidas e demais serviços e produtos da agrobiodiversidade catarinense.
Em parceria com associações de produtores, Governo do Estado de Santa Catarina, entidades empresariais, MAPA, EPAGRI, EMBRAPA, UFSC, UDESC, AMURES e Prefeituras Municipais, o Sebrae/SC está construindo pedidos de registros de diversas potenciais Indicações Geográficas (IGs) do estado.
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Quais são as novas Indicações Geográficas de Santa Catarina?
Ostras de Floripa, Camarão Laguna, Linguiça Blumenau, Cachaça de Luiz Alves e Banana de Luiz Alves estão entre as Indicações Geográficas em fase de construção pelo Sebrae/SC.
O trabalho mais recente envolve um produto tradicional da mesa do brasileiro, o Alho, que nos municípios de Brunópolis, Curitibanos, Caçador, Monte Carlos, Frei Rogério, Fraiburgo e Lebon Regis é produzido por mais de 700 famílias, e dada a sua coloração característica, é conhecido como Alho Roxo do Planalto Catarinense. Esse produto singular é um trabalho de mais de 50 anos de cultivo e seleção por instituições e produtores rurais familiares da região.
Está em andamento também a IG de Erva Mate do Planalto Norte Catarinense, que está sendo construída pela EPAGRI e entidades locais.
Indicações Geográficas já registradas em Santa Catarina
Atualmente Santa Catarina possui seis registros de Indicações Geográficas:
- Vales da Uva Goethe, para vinhos e espumantes de Uva Goethe;
- Banana da Região de Corupá;
- Campos de Cima da Serra, para o Queijo Artesanal Serrano Brasileiro (que envolve os estados de SC e RS);
- Mel de Melato de Bracatinga do Planalto Sul Brasileiro (que envolve os estados do PR, SC e RS);
- Maçã Fuji da Região de São Joaquim;
- Vinhos de Altitude de Santa Catarina.
A primeira IG registrada em Santa Catarina foi a dos Vales da Uva Goethe, seguida pela Banana da Região de Corupá e pela Campos de Cima da Serra para Queijo Artesanal Serrano. No dia 29 de junho de 2021, obteve registro a IG Vinhos de Altitude de Santa Catarina, na modalidade Indicação de Procedência (IP) e no dia 20 de julho o estado conquistou a IG do Mel de Melato da Bracatinga na categoria Denominação de Origem (DO). A maçã Fuji da Região de São Joaquim é a sexta Indicação Geográfica (IG) conquistada por Santa Catarina. O registro foi anunciado em 3 de agosto 2021.
1. Indicação Geográfica Vinho dos Vales da Uva Goethe
A região dos Vales da Uva Goethe está situada na porção sul do litoral catarinense, no início das elevações da Serra Geral, compreendendo os municípios de: Urussanga, Pedras Grandes, Cocal do Sul, Morro da Fumaça, Treze de Maio, Orleans, Nova Veneza e Içara.
A IG foi recebida em 2012 e a busca pelo reconhecimento consolidou a organização dos produtores e o estabelecimento do enoturismo.
2. Indicação Geográfica Banana da Região de Corupá
A IG foi registrada em 2018. A Denominação de Origem da Banana da Região de Corupá possui uma área de 857,3 km² distribuídos pelos municípios catarinenses de Schroeder, Jaraguá do Sul, Corupá e São Bento do Sul. As bananas produzidas na Região de Corupá são caracterizadas por um sabor doce mais pronunciado, sendo esse um dos aspectos mais importantes nos atributos sensoriais reconhecidos pelos consumidores.
3. Indicação Geográfica Campos de Cima da Serra
A região dos Campos de Cima da Serra compreende o Planalto Sul de Santa Catarina e o Nordeste do Rio Grande do Sul, uma área de 34.372 km² que abrange 34 municípios, sendo 18 catarinense e 16 gaúchos. A IG foi conquistada em 2020 e a textura amanteigada, o aroma e o sabor que se acentuam com a maturação são algumas características que diferenciam esse queijo dos demais artesanais do Brasil.
4. Indicação Geográfica Vinhos de Altitude de Santa Catarina
Os vinhos produzidos na Indicação Geográfica Vinhos de Altitude de Santa Catarina, são dos seguintes tipos: Vinho Fino e Vinho Nobre Tinto; Vinho Fino e Vinho Nobre Branco; Espumante Natural; e Vinho Moscatel Espumante.
A área geográfica abrange a extensão de 29 municípios de Santa Catarina, em áreas acima de 900m de altitude, totalizando 19.676 km2 (20% do território catarinense). Diversas vinícolas produzem vinhos nas regiões de altitude de Santa Catarina, com maior concentração no município de São Joaquim. A capacidade de vinificação das vinícolas é bastante variável. As produções vão de 10 a 20 mil litros, nas vinícolas boutiques, a até 200 mil litros nas unidades tradicionais.
5. Indicação Geográfica Mel de Melato da Bracatinga
A IG do Mel de Melato da Bracatinga na categoria Denominação de Origem (DO) do Planalto Sul Brasileiro, abrange uma área de 134 municípios, sendo 107 de Santa Catarina, 12 do Paraná e 15 do Rio Grande do Sul.
Este é um produto único, que só é produzido em condições específicas de clima, altitude e localização geográfica.
6. Indicação Geográfica Maçã Fuji da Região de São Joaquim
A maçã Fuji da Região de São Joaquim é uma Indicação Geográfica na categoria de Denominação de Origem (DO), e abrange uma área de 4.928 km² nos municípios de São Joaquim, Bom Jardim da Serra, Urupema, Urubici e Painel.
A maçã Fuji produzida na região de São Joaquim destaca-se por suas características únicas de cor, formato, sabor, entre outras.
Como Santa Catarina é o maior produtor nacional de maçã e é potencial exportador, a IG fortalece a economia do estado.
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